O DOM DA PREMONIÇÃO, 2000

Annie Wilson (Cate Blanchet) é uma viúva mãe de três filhos. Para ganhar dinheiro, usa deus dons psíquicos como cartomante na pequena cidade onde mora. Parte da cidade não a vê com bons olhos, enquanto uma outra parte a tolera pelos seus dons. Do nada, ela começa a ter sonhos premonitórios envolvendo moradores da cidade. A coisa complica quando a filha (Katie Holmes) de um importante membro da comunidade desaparece misteriosamente.  O pai da mulher, mesmo sem acreditar em Annie, implora para que ela encontre sua filha. 

O filme é dirigido pelo excelente Sam Raimi (Homem Aranha, Evil Dead) e tem roteiro escrito pelo talentoso Billy Bob Thornton. De acordo com Thornton, o roteiro é semi-autobiográfico baseado nas experiências psíquicas de sua mãe, também como cartomante. É um filme muito interessante com cenas bem assustadoras. O clima de medo é visível, até pela interpretação sempre acima da média de Blanchet. Com histórias e personagens que se cruzando, o roteiro é muito bem escrito, com poucas amarras soltas.

Destaque para a vizinha Valerie Barksdale (Hillary Swank) cliente de Annie e esposa de Donnie Barksdale (Keanu Reeves). Sofrendo violência doméstica do marido, Valerie é proibida de visitar Annie por Donnie. Em grande parte por Annie dar conselhos para Valerie abandonar Donnie, pois as agressões não cessariam. O que causa revolta em Donnie.

Destaco também uma surpresa: Giovanni Ribisi. Seu Buddy Cole, amigo de Annie está excelente! Com transtorno bipolar, ele dá um show como o desequilibrado, mas do bem, Buddy. A cena em que ele enfrenta Donnie na estrada é muito boa e dá a dimensão do tom do personagem. Greg Kinnear, como o frágil viúvo de Cate, também está muito bom. J.K. Simmons, colaborador eventual de Raimi, também está no filme como Pearl Johnson. Um bom filme.

RR