UM ESTADO DE LIBERDADE, 2016
Gary Ross é diretor, produtor e roteirista de mão cheia. Escreveu Quero ser Grande, o primeiro sucesso de Tom Hanks e Dirigiu o emocionante Seabiscuit, com Tobey Maguire, entre outras contribuições para a sétima arte. Aqui ele junta-se a Mathew McConaughey e Mahershala Ali para nos entregar um filme belíssimo sobre a guerra civil americana.
Baseado em fatos reais, conta um pouco da criação do Estado de Jones, criado por Newton Knight ( McConaughey ) e seus companheiros de luta. Em meio a guerra civil americana, um grupo de confederados desertores lutam contra a opressão do exército dos confederados na população do Mississípi. Na verdade o exército tinha a liberdade de invadir fazendas e levar dez por cento da colheita e do que pudesse alimentar a sua tropa. O problema é que, geralmente, levavam TUDO.
Servindo como médico na Batalha de Corinth, ao lado do exército confederado, Newton surpreende-se ao encontrar seu sobrinho durante a batalha. O sobrinho explica que tomaram a fazenda, os porcos e o mandaram para a guerra. Preocupado com a vida do sobrinho, ele tenta fazer com que ele não corra perigo. Infelizmente, durante o combate, ele leva um tiro, morrendo em seguida. Triste, ele resolve voltar pra casa para enterrar seu sobrinho, mesmo sabendo que desertores são enforcados.
Ao chegar na fazenda, percebe as mazelas praticadas pelo exército dos confederados e rebela-se contra eles, ajudando uma família só de mulheres, em vias de perder toda a sua colheita. Mas isso acaba tendo consequências negativas para sua vida, e ele acaba tendo que refugiar-se junto aos negros no pântano. Guiado por Rachel ( Gugu Mbatha-Raw ), lá ele conhece Moses Washington ( Ali ), escravo fugitivo que sonha reencontrar a esposa e o filho, separados há pouco tempo.
Ali naquele pântano, se estabelece uma espécie de resistência, onde negros e brancos lutam juntos contra a opressão imposta pelo exército confederado. No decorrer do filme, ele consegue mobilizar cerca de trezentos homens, mulheres e crianças na luta pela recuperação de suas terras e a criação de um novo estado, batizado de Estado Livre de Jones, no condado de Mississípi.
Com uma mudança aqui e outra ali, o filme se baseia em histórias e no livro O Estado Livre de Jones, de Victoria E. Bynum. Todos estão bem no filme, com destaque para McConaughey ( sempre ) e Mahershala. A química entre os dois é algo emocionante. Contundente ás vezes, mostra uma realidade ainda praticada, mesmo que timidamente, e deve ser combatida sempre que presenciarmos. O racismo é crime e precisa ser punido com leis rígidas e sem descanso.
RR
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