SOMBRA LUNAR, 2019
Sombra Lunar não é um filme pra qualquer um. É aquele tipo de filme que as pessoas vão odiar ou amar. Me lembra um pouco 12 Macacos, com Brad Pitt e Bruce Willis. Em alguns momentos me lembrei de Donnie Darko também, pela liberdade do roteiro e sua trama "truncada".
Essa estréia da Netflix tem que ser vista com calma. Com um roteiro amarrado, vai e volta no tempo ao seu bel prazer nos forçando a abrir nossa mente no que diz repeito a lógica e ao espaço tempo comum. O filme é dividido em quatro etapas. No longa, um detetive busca uma assassina que age de nove em nove anos. Então temos o começo, em 1988, passando por 1997, 2006, 2015 e culminando em 2024.
Thomas Lockhart ( Boyd Holbrook ) é um policial que sonha em ser detetive. Casado, com sua esposa esperando seu primeiro filho, ele é chamado para uma ocorrência que mais parece um ataque terrorista sincronizado. Uma motorista de ônibus teve uma hemorragia aparentemente natural. Ao analisar o corpo, ainda na cena do crime, ele percebe uma estranha marca no pescoço. Na verdade são três marcas de agulhas. Em volta do corpo, temos sangue e a massa encefálica da mulher espalhada pelo chão.
Nesse momento, chega seu cunhado e atual detetive Holt ( Michael C. Halll ), pelo qual não nutre muita simpatia. Juntos percebem que, ao baterem na cabeça da vítima, está completamente oca. Ou seja, a hemorragia causou um esvaziamento do cérebro. E o que estava ruim, ainda piorou: mais relatos de pessoas com a mesma condição sendo encontradas, deixando a cidade de Filadélfia em estado de pânico e alerta. Ao receber informações da localização da suspeita, Lockhart parte com seu amigo e parceiro Maddox ( Bokeem Wodbine ) em perseguição.
Numa perseguição no metrô, ao abordar a suspeita Rya ( Cleópatra Coleman ) esta o chama pelo nome e diz que sua filha ficará bem e que sente muito pela sua parceira. Em luta corporal, ela o algema numa cadeira e fica um pouco distante de dele. Ele, num último suspiro, usa algo como se fosse uma pistola de vacinação ( arma usada por ela ) na mulher, que cai nos trilhos do metrô, e morre despedaçada. Ao sair da cena do crime, ainda atônito, recebe a notícia de que sua esposa estava em trabalho de parto. Já no hospital, com a filha no colo, recebe a notícia de que sua esposa teve complicações no parto e não resistiu.
Nove anos depois, morando com a filha que já tem nove anos, Lockhart, agora detetive, recebe um chamado do parceiro Maddox de que estava acontecendo de novo. Imagens de uma câmera de segurança mostra Rya nos dias atuais, e os crimes voltam a acontecer. Sem acreditar, e sem o apoio do cunhado ( agora tenente ), Lockhart se vê envolvido na mesma trama que não resolveu há dez anos atrás. Em um resumo bem superficial, o detetive começa a questionar a própria sanidade.
E mais não escreverei. Gostei pra cacete do filma, mas confesso que verei de novo com meu filho, pois posso ter deixado algo passar. Mas o final foi coerente ( de acordo com a "maluquice" do roteiro ) e o filme rende boas cenas de ação e um clima noir de mistério. Gostei. Vi que algumas pessoas não curtiram, acredito que essas mesmas pessoas deveriam separar a realidade em que vivemos, e se entregar numa viagem no tempo, mesmo que com alguns absurdos.
RR
Pelo que li esse filme parece ser bom
ResponderExcluirVou conferir. Abc
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