O CONTADOR, 2016





Ben Affleck é um bom ator. Carismático, tem personalidade para interpretar desde um super herói a um contador autista e assassino profissional. É isso mesmo. Tivemos uma inclusão social de um homem com síndrome de Asperger que também ganha a vida como um assassino de aluguel. Essa é a premissa de O Contador, de 2016.


Christian Wolf é um excelente contador. Criado com rigor pelo pai, passou a maior parte da infância mudando-se de cidades e países. Seu pai militar, treinava ele e o irmão com rigor. A parte mais pesada era para Chris, pois seu pai temia que ele não pudesse se defender por conta do autismo de alto funcionamento. Desde pequeno passou dificuldades em escolas. Mas o treinamento do pai o ajudou a lidar com o bully. 


O filme vai e volta no tempo, com cenas em flash back para ilustrar o relacionamento com o pai, o irmão, a mãe e seus treinamentos. Tudo com a mão firme do pai. O rigor imposto pelo pai formou o caráter e a personalidade de Chris. Durante uma passagem na prisão, um detento o orienta como "lavar" dinheiro. Muito bom com números, ele se forma em contabilidade e abre seu próprio escritório, mas sem deixar de fazer um bico como assassino.

Ao ser contratado por uma empresa para conferir alguns números, ele conhece Dana Cummings ( Anna Kendrick ). Ele descobre alguns vazamentos e passa a ser perseguido por algumas pessoas altamente treinadas. Para tentar descobrir do que se trata, ele terá que fazer uma volta ao seu passado e proteger Dana, que passa a sofrer as mesmas ameaças que ele.

A direção de Gavin O'Connor é delicada para contar a história do menino autista, e pesada na medida certa para as cenas de violência, que não são poucas. Affleck encarna Wolf com segurança e Kendrick faz o lado engraçado da película. Um ponto fraco é que o papel de Kendrick é praticamente igual ao de outro filme, Mr Right, em que divide a tela com Sam Rockwel. 

O elenco de apoio conta com John Lithgow, J. K. Simmons, John Bernthal entre outros. O filme é bem acima da média. Como não gosto muito da dicção de Afleck, tem a vantagem do personagem dele ser calado. As cenas de ação são de tirar o fôlego, e o final indica que poderia ter uma continuação, pois o personagem tem tudo pra dar certo.


RR












  

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